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quinta-feira, dezembro 30, 2010

Considerações sobre Educação...

 
A temática Educação sempre esteve presente, em todas as Constituições brasileiras, permitindo-nos identificar, por certo,  a ideologia correspondente a cada época.
Superficiais  considerações podemos traçar: A começar  pela de 1824, conhecida como  Constituição Imperial que estabeleceu a gratuidade da instrução primária para todos os cidadãos  e  previu a criação de colégios e universidades.
A Constituição Republicana de 1891: preocupou-se em estabelecer  a  competência legislativa.  A Constituição de 1934 estabeleceu as diretrizes da educação nacional,  determinando ser a Educação  - Direito de Todos.
Em 1937  a Carta Magna  retrocedeu, vinculando  a Educação a valores cívicos e  econômicos, cabendo  à Constituição de 1946 a retomada dos princípios norteadores constantes nas Constituições de 1891 e 1934 : “ Educação Direito  de Todos”.
A Magna Carta de 1967 permanece fiel a estrutura organizacional da educação  nacional, que não foi alterada pela  Constituição de  1969.
A Constituição  de 1988  identifica o caráter  democrático da temática em tela e,  em seu artigo 6º,  afirma ser a Educação um Direito Social, dever do Estado e da Família.    
Podemos afirmar, ante a constatação constitucional, que   povo brasileiro , por intermédio de seus representantes, reconhece a  Educação como matéria  relevante em nosso Ordenamento Jurídico.
Permitimo-nos observar, no entanto, que não  compreendemos o alcance da terminologia Educação, em decorrência de   pouco refletirmos  em seu amplo aspecto.
Razão pela qual, distanciamo-nos dos verdadeiros valores da vida  e acreditamos que  homem   educado, é exclusivamente,  aquele de boa escolaridade .  Por certo, estamos enganados.
Supomos, ainda,  que educado é o  homem bem sucedido; aquele que é ajustado às  convenções sociais, sabe comportar-se à mesa, por exemplo.
Diariamente, constatamos  a falta de educação nas relações humanas. A indiferença   que  dá  ensejo   à morte da esperança; a  falta de solidariedade que  identifica  a ausência de cooperação,  necessária  à vida.
Quando  o homem compreende o sentido  pleno da palavra é porque  já  vivencia a Educação,  desempenhando o papel   de grande seriedade, que lhe cabe  no processo evolutivo,  aprendendo  sempre   e  é  consciente  de que  para alguém, seus atos, servirão de referência.
Educado é o homem que reconhece  as  suas  limitações e persevera para vencê-las, certo de que é agente de mudança na Escola da Vida.

Determinação para Seguir

A chegada de um novo ano é sugestiva   para os projetos.
Promessas  muitos fazem. Juras também são  incontáveis.
É a presença do desejo de realização. Todos nós necessitamos de motivação para caminharmos na vida.
Motivados somos fortes, esperançosos, corajosos  e dispostos.
Perguntemo-nos, neste exato momento, o que desejamos realizar no ano  de 2011.
Sem controle, sem crítica, deixemos que  venham as respostas ou a resposta. Pode ser um simples desejo ou vários; pode ser   até um de grande  complexidade.
Muitas vezes, podamos nossos desejos, porque somos controladores, inseguros, preguiçosos...  Temos a nítida impressão, na maioria das vezes,  que jogamos em  algum time contrário ao nosso.
Pensamos em realizar algo e afirmamos: É impossível!
É comum dizermos: Eu jamais irei conseguir, vou tentar mas não é fácil; eu não posso...; eu não sei...
E  iniciamos a empreitada, com ar de derrotado.Com o passar do tempo, estamos sem motivação, sem vontade, sem força, sem interesse.
Por diversas vezes, culpamos o desejo. Afirmamos que o que queríamos  estava  além de nossas forças, de nossa capacidade.
Façamos diferente, ouçamo-nos agora e verifiquemos se, realmente o que desejamos, é o que queremos ou estamos pretendendo realizar o que alguém estabeleceu,   afirmando   combinar conosco.
Se for realmente o nosso desejo, tenhamos fé, implementemos os esforços necessários  e com disposição  sigamos em frente.
Não importa quando haverá a satisfação  plena,   o que conta é o processo, são as tentativas que nos fortalecem.
Comecemos o ano convencidos que realizaremos tudo  o que desejarmos, desde que tenhamos coragem, determinação e fé.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Parece que foi ontem...

Parece que foi ontem que ouvimos uns dos outros: "Feliz Natal e um Próspero Ano Novo". 
Como passou rápido!  Piscamos os olhos e chegou o Natal com os preparativos do dia 31 de dezembro.
Novamente a mesa farta para uns, a esperança de presentes para outros, a saudade na lembrança de tantos... a alegria do encontro para alguns.
Uns dizem não gostar desta época do ano e encontram as justificativas, outros gostam muito.
E nós, como estamos nesta época?  Pensemos na oportunidade de estarmos fazendo parte deste milagre que é a Vida.
Agradeçamos por tudo que recebemos porque não existe acaso. Nascemos onde precisamos, na família que merecemos, somos livres para realizarmos escolhas e amparados nas quedas. Somos filhos de Desu.
Deixemos as queixas, os lamentos, as críticas destrutivas, as censuras infundadas.
Pensemos que, a qualquer momento, poderemos deixar este corpo e levaremos conosco tão somente as nossas ações, verdadeiramente não há apadrinhamentos.
Enquanto é tempo, peçamos desculpas e desculpemos também. Exijamos menos  uns dos outros, compreendamos mais, façamos a parte que nos cabe.
Estendamos as mãos aos que precisam, emprestemos nosso ombro ao amigo, sejamos solidários às dores alheias.
Se não for possível fazer muito, façamos pouco, o importante é começar.
Vinculemo-nos à causa do bem. É proposta para o ano inteiro, porque a fome de pão e de afeto, não escolhe dia nem lugar.
Procuremos uma Obra Social, se for o caso,  e  estabeleçamos um  vínculo, firmemos  compromisso.
Se já vivenciamos as sugestões, devemos prosseguir.  Se estivermos pensando, devemos decidir, se nunca pensamos na questão, a hora é esta.
 Feliz Natal e Próspero 2011!

sábado, dezembro 04, 2010

O Mês de Dezembro...

 

O mês de dezembro é diferente dos outros meses. É um mês alegre, festivo, vibrante.
Adoro sentir o cheirinho do ano novo. Gosto da sensação de olhar o ano velho pelo retrovisor.
Não me perco nos lamentos,nas perdas, revendo projetos que não conclui, outros que sequer dei início...
Conto sim, com satisfação para mim, no meu silêncio, as vitórias e incluo as tentativas.Tentar é um bom começo.
Gosto de pensar que mais um ano, inteirinho para mim, está chegando e irei recebê-lo exatamente como sou.
Não precisamos mudar de casa, de corpo, de vida para receber o ano novo. Não precisamos da melhor roupa,do melhor calçado, de mesa farta, de presentes...
Precisamos acreditar que o impossível pode acontecer; que o possível depende de tentativa; que para haver realização se faz necessário o sonho.
Estamos no mês de dezembro, sintou cheiro de ano novo.

terça-feira, novembro 30, 2010

Como é dificil...

 Como é difícil aceitar o outro compreendendo a sua natureza, a individualidade.
Pensamos, ao encontrarmos alguém, que com o tempo fica pertinho, que nossos desejos serão atendidos porque afinal, é a Pessoa!
Coitada da Pessoa, se soubesse o peso, a responsabilidade que depositamos em seus ombros, por certo não fecharia o contrato de Amizade ou de Amor.
Penso que somos "esquisitinhos": Quando gostamos só um pouco de alguém, não cobramos, não exigimos e até dizemos nada esperar.
Mas, quando gostamos, e muito, que agonia! Exigimos, exigimos, exigimos...
O grave é que nem percebemos que estamos deixando o outro sem mobilidade, sem ação, sem chão.
Claro, que só vemos o que nos convém. O outro, pobrezinho, teve a infeliz idéia de ser nosso amigo e um dia ceder aos nossos caprichos, de atender às nossas exigências.
Como estou pensando em nossa situação, não vou tecer  comentários sobre a aceitação, a posição passiva do outro.
Podemos, daqui por diante, iniciar o exercício de pensarmos naquela pessoa que gostamos muito, considerando a sua individualidade, seus desejos seus interesses.
Deixemos quem nos faz bem realizar escolhas, mudar de planos, alterar o projeto.
Toda relação encerra um contrato, dessa forma só vale a pena ser for gratificante para ambas as partes.  

sexta-feira, novembro 26, 2010

Estou Doente?

Comportamento violento é aquele que causa dano em alguém ou em alguma coisa.
Violência é consequência  e não causa, como pensam alguns.
Olhando pelo ângulo da consequência, penso que o  autor  do ato de violência é alguém  que  está  muitíssimo doente.
Dedicamos atenção a doença do corpo, por medo, em alguns casos, de  contágio, de contaminação. Ao longo dos anos, não consideramos a  enfermidade instalada na sociedade.
Hoje, em estado de choque, nos deparamos com este mal que atinge a todos, cada um a seu turno.Vejamos, porém, que  olhamos pelo ângulo  da vítima.
Podemos  afirmar que  a violência é contagiosa  e de cura difícil, ante os 
diversos fatores  identificados por  provocadores.
Identificar  um ato violento é  fácil, quando os   olhos  denunciam e a escala de valores anunciam. Chamamos então, de violência comprovada.
Difícil de  constatação é a violência silenciosa. As manifestações grosserias, por exemplo, aceita pela sociedade e justificada por   stress.
A falta de gentileza,a ausência de  respeito nas relações,a competição danosa que   inviabiliza a vida de relação  são manifestações  que identificam a violência no cotidiano.
A desqualificação  explícita ou implícita, manifesta nas relações; a indiferença  responsável  pela morte da esperança...
E o autor da violência?  É  vítima de si mesmo, é alguém que não tem  o endereço da paz.  Certo de que só damos o que possuímos, mostramo-nos a cada segundo.
O nosso comportamento fala de nós: os gestos, o olhar, a fala, meios reveladores do nosso estado de saúde ou enfermidade.
Dessa forma,  façamos uma análise, observemo-nos nas relações diversas. Sejamos críticos de nossos atos que, por certo, perceberemos se estamos ou não doentes.

segunda-feira, novembro 15, 2010

A indiferença

Você já experimentou permanecer ao lado de alguém,que deseja ficar em silêncio, por muitos dias, e ignora sua fala e pouco ou nada percebe de sua presença?   
A indiferença é manifestação de agressividade que traduz um constrangimento moral.
Ao ouvir ontem a queixa, em forma de desabafo, percebi que a narrativa era um grito de dor. Aliás, tem sido comum a queixa, por parte de diferentes pessoas.
Cabe a pergunta: Por que algumas pessoas permanecem em relações perversas?
Por certo, ao ser questionado, a resposta está pronta.  Os filhos são os primeiros indicadores a serem utilizados para justificar a manutenção do vínculo e, sucessivamente, outros poucos.
Os dias passam, os anos, a vida...  A mágoa é presença certa, as lamentações também e a vítima, debruçada sobre seu próprio corpo, não reage.
Agressor e agredido seguem feridos, enfermos, prisioneiros da infelicidade, porque não se gostam. Estão mutilados na afeição por si.
A baixa  auto-estima permite que fiquemos à margem da vida, sem que possamos  desfrutar das relações saudáveis.
O agressor, em que pese aparentemente desfrutar de situação privilegiada, está, na verdade, em estado de miséria interior, igual o da vitima.
A diferença entre ambos é a posição que cada um ocupa. 
Alguém, sem sombra de dúvidas, tem que romper a cadeia dolorosa.  De um modo geral, é a vítima que procura ajuda nos consultórios de psicologia e, não raro, necessitam de medicação receitada por psiquiatra.
É possível a cura,  se houver  determinação  e força de vontade.
O exercício há de ser diário para a construção da auto-estima.

domingo, novembro 14, 2010

A Felicidade...

 A felicidade é o estado de ser feliz. Ser feliz ou estar feliz é decisão que precisa ser tomada por aquele que tem conhecimento de si.
Considerando que é um estado, a natureza é subjetiva, cada um encontrará a razão específica para ser feliz.
Penso que muitos nascem, crescem e morrem sem nunca terem pensado, efetivamente, em sua felicidade. Por condicionamento estabelecemos que tal situação nos faz feliz.
Afirmamos que determinada presença é fundamental para nossa felicidade; que certo mês do ano é fatídico; que esta ou aquela cor é impeditiva da felicidade.
Por não conseguirmos compreende o conceito é que tão facilmente estamos felizes e rapidamente, estamos infelizes.
Quando paramos e pensamos, percebemos a complexidade da vida. Como é difícil realizar tão delicada viagem!
É tão comum pensarmos que a felicidade não existe ou que apenas alguns privilegiados são felizes. Puro engano, por certo, cada um carrega sua carga de infelicidade, de dissabores.
Fomos criados por Deus para sermos felizes, é no exercício que aprimoraremos as nossas escolhas que aprenderemos sobre nós, que descobriremos os verdadeiros valores da vida.
E quando vivermos, em estado de alma, a certeza de que somos felizes, por certo não perseguiremos a felicidade.

Tristeza....

Quando você estiver triste, não acredite que é para sempre. Por certo, o sentimento está a denunciar que é hora de parar e procurar a causa.
Fingir, desconsiderar, não é a atitude adequada. Somos o que pensamos e não podemos negar o que sentimos.
A tristeza é conseqüência, e quando não tratada permanece e tende a aumentar de intensidade.
Muitas pessoas, hoje, estão aprisionadas na depressão porque deixaram de considerar o estágio de melancolia, de tristeza...
Embora tenhamos a nosso favor os meios de comunicação, alguns temem certos assuntos. Preferem culpar alguém pela tristeza ou própria a lembrança...
Se estivermos tristes por muitos dias ou se a tristeza se faz constante, está na hora de procurarmos ajuda psicológica e psiquiátrica.
Não podemos deixar de considerar também, o efeito da Oração. Comprovadamente eficaz na recuperação da vida por permitir a sintonia com o Criador.

terça-feira, novembro 09, 2010

Não ferir o Coração...

 
Quando quebramos um vaso, podemos remendá-lo. Claro que uma emenda, sempre será uma emenda.
Dependendo da posição que estiver colocado e a utilização do vasilhame, poderá o remendo, nem ser percebido.
O mesmo não ocorre com o coração de uma pessoa. Quando ferimos, por mais que tentemos reparar, fica a cicatriz.
Por tal razão, devemos ter cuidado, principalmente, com as palavras.  A nossa verdade, que é transitória, poderá ser o instrumento afiado a ferir o coração de alguém.
A lente pela qual vemos o mundo, pode nos conduzir a equívocos, comprometendo a interpretação do fato, supostamente visto.
As afirmativas, ditas por verdadeiras, não raro, são substituídas por outras tantas, sob nova ótica...
Pensemos antes de afirmar ou confirmar esta ou aquela situação. Sempre haverá alguém envolvido, mesmo que não conheçamos.
Consideremos: o ferimento que causarmos no outro é carga certa que teremos de suportar. Vivemos mergulhados em energias.
 Então, não sendo por sentimento, por inteligência, cuidemos para não ferir o coração de alguém.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Sentir Deus!

 
 Quando pensamos que não temos mais forças para suportar determinada situação, é o momento ideal, oportuno, para colocarmo-nos nas mãos de Deus.
Não penso na fé cega, a que permite que fiquemos paralisados, contemplativos. Pelo contrário, penso na fé operante.
Entendo por fé operante, a raciocinada. A fé que nos permite sentir Deus na extensão de Pai, tal qual, nos apresentou Jesus.
O Pai que compreende a limitação do filho, sabedor porém, do seu infinito potencial, que carece de estímulo para o amadurecimento.
O problema é uma provocação que exige solução. A revolta não acalma.
Sentir Deus é acreditar que forças teremos para suportar a difícil travessia, que mãos amigas chegarão, que encontraremos a palavra certa, que novo dia nascerá...
Sentindo assim, acreditemos que, no momento difícil, poderemos senti-LO, vive-LO, porque ELE está em nós.
Sentir Deus é questão de decisão, de livre arbítrio.

Maria Bethânia - Tocando em Frente

sábado, novembro 06, 2010

SAUDADE


Por cultura talvez, tememos a saudade.
Penso, que sentir saudade é muito especial. Saudade de um certo alguém, de momentos vividos, saudades de amigos, de parentes de lugares...
A saudade permite-nos a vivencia: seja do acontecimento ou da presença. Tem quem afirme, ter experimentado a presença, em decorrência da intensidade da saudade.
Acredito, que por não sabermos viver frustrações, ficamos tão adoecidos, quando sentimos saudade. Apáticos, trocamos de mal com a vida.
Aborrecidos alguns, amargos outros, não desfrutam do momento oportuno de viver a presença, que não se faz presente, fisicamente, por razões que a vida estabeleceu.
Eu acredito que todos os acontecimentos têm por finalidade a nossa promoção na escala humana. Crescemos na dor, com o sofrimento, com as perdas. Abençoadas são as podas necessárias, que a vida realiza em cada um.
Não faço apologia ao sofrimento, aceito, no entanto, que está compreendido em nossa realidade, em decorrência das nossas escolhas.
Então, sentir saudade, não é ruim. Para mim, é uma grande chance de reviver alguém em especial, que permanece de forma especial, em nossa vida.  

Não brigar com a lembrança.

O bom de poder lembrar é não precisar esquecer.
Penso no sofrimento de algumas pessoas que vivem duelando com as lembranças.
A lembrança é a manifestação do registro. Então, é o que foi registrado, que se faz percebido.
Como não registrar um fato que foi importante? Um acontecimento especial?
É tolice querer esquecer. Esforço em vão, determinar a não lembrança.
É comum, por ressentimento, por mágoa e frustração, determinarmos que não mais lembremos de certo alguém, de um momento especial, por exemplo.
Exigimos a solidariedade dos amigos, operamos mudanças externas, alteramos hábitos, permitimos até um novo alguém em nossa  vida,  sustentamos o discurso que até convence quem ouve.
O tempo, porém, de forma tranqüila, não se agasta, e quando menos esperamos, a danada da lembrança se faz presente.
É a chuva, por exemplo, que naquela tarde caiu diferente, é o vento, o dia, a noite, enfim, algo em especial, que assinala e só resta lembrar...
Sem angústia, sem raiva, devemos encarar a situação. Que bom que temos razão, motivos e saúde mental para lembrar!
Abramos a porta e deixemos a lembrança seguir o caminho natural;  a vida sabe tão bem conduzir as lembranças...
Quando paramos de brigar com as lembranças elas se tornam  esquecidas, substituídas por outras; é da Lei da Vida.   

sexta-feira, outubro 29, 2010

Agradecimento Especial.


Agradeço, Senhor! 
Agradeço, Senhor,
Quando me dizes, “não”
Às súplicas indébitas que faço,
Através da oração.
Muitas daquelas dádivas que peço,
Estima, concessão, posse, prazer,
Em meu caso talvez fossem espinhos,
Na senda que me deste a percorrer.
De outras vezes, imploro-te favores,
Entre lamentação, choro, barulho,
Mero capricho, simples algazarra,
Que me escapam do orgulho...
 Existem privilégios que desejo,
Reclamando-te o “sim”,
Que, se me florescessem na existência,
Seriam desvantagens contra mim.

Em muitas circunstâncias, rogo afeto
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás a solidão por guia
Que me inspire a buscar-te.
Ensina-me que estou no lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto agora o melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.
Não me escutes as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário,
Se cumprir meu dever.
Agradeço, meu Deus,
Quando me dizes “não” com teu amor,
E sempre que te rogue o que não deva,
Não me atendas, Senhor!...

Espírito: Maria Dolores
Psicografia  Chico Xavier

quarta-feira, outubro 27, 2010

Na Escola da Vida


 Hoje, quando a chuva caiu fortemente, decidi parar antes de atravessar a Avenida.
Bem próximo, estava uma mulher sentada, encolhida, buscando abrigo, sob a marquise do prédio que servia de cobertura a todos.
As pessoas, cuidadosas com suas roupas; algumas mulheres com os cabelos e todas com os seus pertences.
À medida que chegavam outras o espaço diminuía. Quem chegava queria lugar preferencial.
Repentinamente a senhora que estava acomodada levantou-se e cedeu o lugar a um senhor, afirmando: “Fica aqui Doutor, sua roupa não pode molhar”.
Saiu rua a fora a passos largos, deixando em mim a reflexão.
Impossível não pensar na atitude daquela mulher de aparência triste, com ar de cansaço da vida, que se permitiu prestar atenção na necessidade do outro.
Confesso que ao vê-la sair na chuva, sem sequer esperar agradecimentos, fiquei emocionada e agradeci a Deus a lição da tarde. Acompanhei com os olhos aquela mulher, que naquele momento, foi uma grande mestra!
Se desejarmos, muito poderemos aprender com os nossos companheiros de jornada. A vida é rica em ensinamentos.
O Planeta Terra, é para todos nós, o Hospital. Doente da alma, tratamos as enfermidades... É ainda, Escola abençoada,favorecendo-nos com a repetição dos  rexercícios, a fim de fixarmos a lição.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Sintoma de Amizade II


  
Você já experimentou conhecer alguém, junto a outras tantas pessoas, e aquela, em especial, permanece ao seu lado, aquece a conversa a ponto, de ao final, até confidências trocarem?

Quantas pessoas conhecemos... Muitas convivem conosco e, por força do convívio, pensam que sabem da nossa vida; em decorrência dos laços familiares supõem que participam de nossa intimidade; em virtude do trabalho acreditam que conhecem nossa rotina. Na verdade, nada sabem efetivamente da gente.

Quando alguém chega e, de forma delicada, oferece-nos a chave da porta da frente, a porta principal que da acesso ao coração eu identifico o fenômeno :  “Sintoma de Amizade”.

Sentimos-nos tão em casa com esse alguém que fornecemos a nossa chave também e, daí por diante, deixamos de ser visita, de olhar as aparências, de representar e fazer poses... 

A presença do amigo é sentida, mesmo que as circunstancias favoreçam, com a distância física . A presença do amigo é sentida pelas vezes que somos olhados pelo coração.

Assim também ocorre na vida do nosso amigo, estamos presentes quando deixamos o registro do olhar pelo coração.

Quando olhamos com o coração irradiamos amor que se traduz em compreensão que aconchega.

Que sensação de paz é poder compreender o amigo sem exigir explicações, justificativas, sem cobrar respostas.

Ser amigo é ser a ponte que facilita a difícil travessia...

Ser amigo é  o cobertor quente em noite fria.

Ser amigo é ser  o ombro que deixa chorar, quando se faz necessário.

E na verdade, tudo começa com o “Sintoma da Amizade”!

segunda-feira, outubro 11, 2010

Desperdiçar o tempo falando mal...


 
 Desperdiçamos o tempo quando não valorizamos as horas e esgotamos os minutos, observando e divulgando os equívocos alheios  pelo prazer de falar mal do outro.

Pessoas sobrevivem das misérias existentes. São as falhas identificadas nos outros que permitem que os parasitas humanos tenham assunto.

É assustador constatar o quanto a vida do vizinho, do colega de trabalho, do familiar, do artista e de todos que caminham, alimenta as conversas, os escritos...

O prazer que  evidencia na fala, o comentador da vida alheia, permite que percebamos o grau de enfermidade de todos que igualmente ouvem, torcem, vibram e divulgam as informações recebidas.

Se olhássemos mais a nossa própria vida, se percebêssemos o quanto é difícil viver ante as inclinações que possuímos. Se verificássemos a dificuldade em unir razão à emoção não julgaríamos, não cobraríamos  do outro  esta o aquela conduta.

A impressão que fica é que a vida do comentador é tão sem objetivo que a inveja e o despeito o impulsionam à crítica pejorativa, aos comentários maldosos.

Saber o que o outro faz, como vive, divulgar seus passos os resultados das ações, deveria tão somente interessar àquele que se propõem a cooperar:  por solicitação ou por espírito solidário.

Penso que podemos desempenhar papel relevante contra a divulgação indevida, perniciosa da vida alheia.

O falador carece de ouvidos que queiram ouvi-lo e exige atenção quanto ao comentado. É a atitude do ouvinte, que valida a conduta, tenho certeza!

Se não adotamos tal procedimento em nossa vida, precisamos reagir ante a presença do maldizente.

A não divulgação do que ouvimos em relação à vida do outro é importantíssimo, mas não basta. É necessário empenho de nossa parte, demonstrando desinteresse pelos assuntos que sejam específicos da vida alheia.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Saudade Boa ou Ruim ?


 
A saudade ocupa lugar especial em nossa lembrança, em nossa vida...
Existe a saudade boa e também a ruim.
A saudade boa alimenta, nutre o corpo, sustenta o espírito.
Saudade boa e aquela que sentimos da infância por exemplo. Aos domingos todos juntos: primos, tios e a inesquecível vovó.
A mamãe desde cedo na cozinha, ora ordenando ora fazendo. Os preparativos começavam no sábado, religiosamente.
Na esteira da lembrança não podemos esquecer-nos das férias. Quem teve quintal para correr, árvore para subir, para fazer balanço, para colher frutas, quem brincou de pique, quem saltou fogueira em noite de São João e comeu bata assada, sabe da alegria.
Saudade ruim e a que nos faz sofrer a que nos angustia, aquela que imobiliza.
A lembrança, por exemplo, de um encontro que provou ser um desencontro, ante a ferida que restou.
Como sentir saudade de quem nos fez sofrer?  Percebo que é mais comum do que possamos supor.
A impressão que tenho é que o coração esquece ou talvez nem tenha registrado o estrago.
No cotidiano, vejo pessoas sofrendo na separação e quando podem realizar comentários falam detalhadamente das frustrações, narram com riqueza de detalhes as dores e lamentam a ausência, a perda.
Sentem saudades do que nunca tiveram, afirmam ser saudade de alguém que em raro momento, preencheu certo vazio.
Penso que para alguns de nós é muito difícil aceitar que a escolha foi equivocada razão pela qual, nos agarramos então, ao eleito ou eleita e nos tornamos reféns do nosso desejo de não esquecer.
Bom seria se apenas boas lembranças povoassem nossa mente, que pessoas queridas, apenas elas, fossem inesquecíveis. Que guardássemos exclusivamente as emoções que promovem que enriquecem; os lugares acolhedores, os dias as horas os anos que agregassem em nossa vida o convite para sermos felizes.

terça-feira, outubro 05, 2010

E quando acaba o Amor ?


E quando acaba o amor o que resta?
Depende, é a resposta acertada.
Depende de como foi construída a relação, depende dos sujeitos envolvidos, depende dos valores de cada um, da forma como pensam   a vida...
Conheço descasamentos admiráveis, poucos por certo.
Pessoas que percebem a impossibilidade de compartilhar a vida em comum. Percebem a  falta de emoção, de desejo, de vontade de permanecer ao lado...
Em outros casos, os envolvidos até percebem que houve uma mudança, os hábitos foram alterados, a emoção acabou, mas a falta de amor por si é tão grande que permanecer ao lado do outro, passa a ser  questão de honra.
A pessoa que se gosta não aceita dar sem receber, quando nos permitimos permanecer em uma relação em que a indiferença se faz presente, onde o silêncio faz morada, onde o cansaço é visível o diagnóstico é certo: Baixa auto-estima.
Quem não se gosta não consegue sair de uma relação que adoeceu. Procura o culpado, assume o papel de vítima, procura de todos os meios não encerrar o assunto e permanece atado às vibrações ruins.
O fim de uma relação sinaliza  fim de um ciclo .Caso queiramos, poderemos  dar início a um novo começo, novo  cíclo, nova tentativa!
Sem acreditar na possibilidade  de reconstruir,  não será possível arriscar, sem tentativa não há realização, sem realização o homem fenece.
Fomos criados para produzir sempre, para gerar boas energias, para vencer a cada luta.
É fundamental para saúde emocional encarar a vida, buscar alternativas, encontrar saída.  
Assim, quando acabar o amor,  cada um  estará pronto para começar a escrever um novo capítulo no livro da vida!


sábado, outubro 02, 2010

Pai e Mãe, Tarefa Dificil !

 Ser pai e mãe é tarefa de difícil realização.  Escolher boas Escolas, favorecer com as facilidades econômicas, facultar o conhecimento cultural não é o suficiente para ver o filho capaz de vencer as suas limitações no campo emocional
Homens vitoriosos sob o aspecto financeiro, reconhecidos ante os títulos que ostentam naufragam nas relações afetivas.
Incapazes de suportar frustrações acusam, culpam, ofendem, mentem e fogem do encontro consigo.
Preparar o filho para a vida requer tempo emocional, coragem para se rever a todo instante, disposição para reconhecer suas próprias limitações.
Não posso imaginar o exercício da maternidade e da paternidade sem conflito intimo, sem medos de errar, sem angustia fruto da percepção de que o filho é um ser, uma individualidade.
As facilidades do mundo moderno, a tecnologia o incentivo à independência são fatores facilitadores e não podemos negar. Porém, como qualquer instrumento, o uso inadequado pode conduzir as relações familiares a total distanciamento de seus membros.
Crianças cressem tendo acesso às máquinas, aos bons colégios, ao lazer ao esporte às atividades que permitirão que sejam bem colocadas no mercado de trabalho e brilhem assim como seus pais, avós etc.
As babás bem selecionadas são verdadeiras mães, acompanham inclusive nas festinhas dos amiguinhos, nas viagens, em todo o dia.
As creches bem estruturadas permitem o acompanhamento do berçário via computador, o colinho da mamãe foi substituído pela atividade que a tecnologia permite o contar histórias o cantar pra ninar foi substituído pelo CD, pela TV, pelo DVD.
Como viver no mundo do agora, sendo pais presentes, comprometidos com o desenvolvimento emocional?
Há de se ter vocação, por certo, para a tarefa de pais educadores, que não queriam ser coleguinhas do filho, que não permitam a inversão dos papeis que percebam que a falta de bens materiais não mata o que faz morrer é a falta de afeto, de presença amorosa que limita alimentando pra vida.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Os Problemas da Vida, assim como as vírgulas...

Vejo a vida assim como um texto, comparo os problemas  as vírgulas necessárias.
Não penso ser a vírgula um problema, claro que não!
Guardo na lembrança  a voz  da minha doce professora, na época, não era Tia   e sim  Dona Amélia,a dizer :  “ a virgula   é para   respirar, uma pequena pausa”.
Considerando que  escrevo  no dia a dia  o texto de minha vida , quando me deparo com um   problema penso:  É hora de respirar, de dar uma paradinha!
A pausa  é para  respirar, para encontrar saída, alternativa  ou apenas compreender

quarta-feira, setembro 15, 2010

Após o Filme, Leia o Livro!



 Nosso Lar o filme que deve ser assistido, conversado e refletido...

O livro eu li há muitos anos, aliás, toda Obra de André Luis é para ser estudada. A riqueza dos detalhes, a clareza nas idéias e firmeza dos relatos permite que o leitor permaneça atraído.

O Filme, que felicidade! Pontos delicados abordados com seriedade sem parecer piegas.   Sem ênfase no religioso, podemos perceber o destaque para a importância do pensamento...

O ideal é que o Livro seja lido, desejo que após o filme todos tenham a curiosidade de Ler a Obra, por certo ficarão mais satisfeitos em decorrência do aprofundamento dos relatos, dos exemplos convidativos à realização da excepcional viagem para dentro.

Especial destaque merece a abordagem do Espírito no tocante a possibilidade de realizarmos através do pensamento. Somos, por certo, o que pensamos.

André Luís em sua antiga Casa experimentou a conseqüência do pensamento de ciúmes e ao recuperar-se desfrutou de outra paisagem mental, que lhe permitiu agir positivamente e por conseqüência produzir vibrações de paz e sentir em si o resultado.

O Filme é, sem dúvida, um ato de coragem acompanhado pelo comprometimento com o Bem da humanidade seja ela encarnada ou desencarnada.

É muito Bom desfrutar deste momento por saber que junto a nós existem Espíritos que acreditam e fazem acontecer...

Agradeço e cumprimento aos idealizadores de ambos os lados!



quarta-feira, julho 21, 2010

Sintoma de Amizade


O sintoma da amizade é identificado quando percebemos a presença agradável de alguém específico. Chamo de sintoma porque  ter simpatia é o primeiro passo, nem sempre à  primeira vista, conforme afirmam alguns.

A amizade uma vez instalada permanece, cria raiz, cresce e frutifica; o tempo não destrói a distancia não apaga.

Construir uma amizade é tarefa difícil porque exige doação. Ser amigo é saber compreender, é aceitar, é dispor de tempo em favor do amigo sem que haja cobrança.

A fisionomia do amigo fica impressa em nossa mente, a forma física pouco importa porque vemos o amigo como desenhamos.

A amizade alimenta a vida, assegura a quem desfruta da certeza, a mão amiga, o braço forte, o colo quente. 

A quem oferece a amizade reservado está  a agradável sensação de ser com o outro tão somente pelo bem que o amigo nos faz.

O dia do amigo permite que façamos uma análise sobre a nossa disponibilidade para viver a amizade, sentimento que perpetua no tempo que nos convida a sairmos de nós para perceber o outro.

 
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