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sexta-feira, outubro 29, 2010

Agradecimento Especial.


Agradeço, Senhor! 
Agradeço, Senhor,
Quando me dizes, “não”
Às súplicas indébitas que faço,
Através da oração.
Muitas daquelas dádivas que peço,
Estima, concessão, posse, prazer,
Em meu caso talvez fossem espinhos,
Na senda que me deste a percorrer.
De outras vezes, imploro-te favores,
Entre lamentação, choro, barulho,
Mero capricho, simples algazarra,
Que me escapam do orgulho...
 Existem privilégios que desejo,
Reclamando-te o “sim”,
Que, se me florescessem na existência,
Seriam desvantagens contra mim.

Em muitas circunstâncias, rogo afeto
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás a solidão por guia
Que me inspire a buscar-te.
Ensina-me que estou no lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto agora o melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.
Não me escutes as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário,
Se cumprir meu dever.
Agradeço, meu Deus,
Quando me dizes “não” com teu amor,
E sempre que te rogue o que não deva,
Não me atendas, Senhor!...

Espírito: Maria Dolores
Psicografia  Chico Xavier

quarta-feira, outubro 27, 2010

Na Escola da Vida


 Hoje, quando a chuva caiu fortemente, decidi parar antes de atravessar a Avenida.
Bem próximo, estava uma mulher sentada, encolhida, buscando abrigo, sob a marquise do prédio que servia de cobertura a todos.
As pessoas, cuidadosas com suas roupas; algumas mulheres com os cabelos e todas com os seus pertences.
À medida que chegavam outras o espaço diminuía. Quem chegava queria lugar preferencial.
Repentinamente a senhora que estava acomodada levantou-se e cedeu o lugar a um senhor, afirmando: “Fica aqui Doutor, sua roupa não pode molhar”.
Saiu rua a fora a passos largos, deixando em mim a reflexão.
Impossível não pensar na atitude daquela mulher de aparência triste, com ar de cansaço da vida, que se permitiu prestar atenção na necessidade do outro.
Confesso que ao vê-la sair na chuva, sem sequer esperar agradecimentos, fiquei emocionada e agradeci a Deus a lição da tarde. Acompanhei com os olhos aquela mulher, que naquele momento, foi uma grande mestra!
Se desejarmos, muito poderemos aprender com os nossos companheiros de jornada. A vida é rica em ensinamentos.
O Planeta Terra, é para todos nós, o Hospital. Doente da alma, tratamos as enfermidades... É ainda, Escola abençoada,favorecendo-nos com a repetição dos  rexercícios, a fim de fixarmos a lição.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Sintoma de Amizade II


  
Você já experimentou conhecer alguém, junto a outras tantas pessoas, e aquela, em especial, permanece ao seu lado, aquece a conversa a ponto, de ao final, até confidências trocarem?

Quantas pessoas conhecemos... Muitas convivem conosco e, por força do convívio, pensam que sabem da nossa vida; em decorrência dos laços familiares supõem que participam de nossa intimidade; em virtude do trabalho acreditam que conhecem nossa rotina. Na verdade, nada sabem efetivamente da gente.

Quando alguém chega e, de forma delicada, oferece-nos a chave da porta da frente, a porta principal que da acesso ao coração eu identifico o fenômeno :  “Sintoma de Amizade”.

Sentimos-nos tão em casa com esse alguém que fornecemos a nossa chave também e, daí por diante, deixamos de ser visita, de olhar as aparências, de representar e fazer poses... 

A presença do amigo é sentida, mesmo que as circunstancias favoreçam, com a distância física . A presença do amigo é sentida pelas vezes que somos olhados pelo coração.

Assim também ocorre na vida do nosso amigo, estamos presentes quando deixamos o registro do olhar pelo coração.

Quando olhamos com o coração irradiamos amor que se traduz em compreensão que aconchega.

Que sensação de paz é poder compreender o amigo sem exigir explicações, justificativas, sem cobrar respostas.

Ser amigo é ser a ponte que facilita a difícil travessia...

Ser amigo é  o cobertor quente em noite fria.

Ser amigo é ser  o ombro que deixa chorar, quando se faz necessário.

E na verdade, tudo começa com o “Sintoma da Amizade”!

segunda-feira, outubro 11, 2010

Desperdiçar o tempo falando mal...


 
 Desperdiçamos o tempo quando não valorizamos as horas e esgotamos os minutos, observando e divulgando os equívocos alheios  pelo prazer de falar mal do outro.

Pessoas sobrevivem das misérias existentes. São as falhas identificadas nos outros que permitem que os parasitas humanos tenham assunto.

É assustador constatar o quanto a vida do vizinho, do colega de trabalho, do familiar, do artista e de todos que caminham, alimenta as conversas, os escritos...

O prazer que  evidencia na fala, o comentador da vida alheia, permite que percebamos o grau de enfermidade de todos que igualmente ouvem, torcem, vibram e divulgam as informações recebidas.

Se olhássemos mais a nossa própria vida, se percebêssemos o quanto é difícil viver ante as inclinações que possuímos. Se verificássemos a dificuldade em unir razão à emoção não julgaríamos, não cobraríamos  do outro  esta o aquela conduta.

A impressão que fica é que a vida do comentador é tão sem objetivo que a inveja e o despeito o impulsionam à crítica pejorativa, aos comentários maldosos.

Saber o que o outro faz, como vive, divulgar seus passos os resultados das ações, deveria tão somente interessar àquele que se propõem a cooperar:  por solicitação ou por espírito solidário.

Penso que podemos desempenhar papel relevante contra a divulgação indevida, perniciosa da vida alheia.

O falador carece de ouvidos que queiram ouvi-lo e exige atenção quanto ao comentado. É a atitude do ouvinte, que valida a conduta, tenho certeza!

Se não adotamos tal procedimento em nossa vida, precisamos reagir ante a presença do maldizente.

A não divulgação do que ouvimos em relação à vida do outro é importantíssimo, mas não basta. É necessário empenho de nossa parte, demonstrando desinteresse pelos assuntos que sejam específicos da vida alheia.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Saudade Boa ou Ruim ?


 
A saudade ocupa lugar especial em nossa lembrança, em nossa vida...
Existe a saudade boa e também a ruim.
A saudade boa alimenta, nutre o corpo, sustenta o espírito.
Saudade boa e aquela que sentimos da infância por exemplo. Aos domingos todos juntos: primos, tios e a inesquecível vovó.
A mamãe desde cedo na cozinha, ora ordenando ora fazendo. Os preparativos começavam no sábado, religiosamente.
Na esteira da lembrança não podemos esquecer-nos das férias. Quem teve quintal para correr, árvore para subir, para fazer balanço, para colher frutas, quem brincou de pique, quem saltou fogueira em noite de São João e comeu bata assada, sabe da alegria.
Saudade ruim e a que nos faz sofrer a que nos angustia, aquela que imobiliza.
A lembrança, por exemplo, de um encontro que provou ser um desencontro, ante a ferida que restou.
Como sentir saudade de quem nos fez sofrer?  Percebo que é mais comum do que possamos supor.
A impressão que tenho é que o coração esquece ou talvez nem tenha registrado o estrago.
No cotidiano, vejo pessoas sofrendo na separação e quando podem realizar comentários falam detalhadamente das frustrações, narram com riqueza de detalhes as dores e lamentam a ausência, a perda.
Sentem saudades do que nunca tiveram, afirmam ser saudade de alguém que em raro momento, preencheu certo vazio.
Penso que para alguns de nós é muito difícil aceitar que a escolha foi equivocada razão pela qual, nos agarramos então, ao eleito ou eleita e nos tornamos reféns do nosso desejo de não esquecer.
Bom seria se apenas boas lembranças povoassem nossa mente, que pessoas queridas, apenas elas, fossem inesquecíveis. Que guardássemos exclusivamente as emoções que promovem que enriquecem; os lugares acolhedores, os dias as horas os anos que agregassem em nossa vida o convite para sermos felizes.

terça-feira, outubro 05, 2010

E quando acaba o Amor ?


E quando acaba o amor o que resta?
Depende, é a resposta acertada.
Depende de como foi construída a relação, depende dos sujeitos envolvidos, depende dos valores de cada um, da forma como pensam   a vida...
Conheço descasamentos admiráveis, poucos por certo.
Pessoas que percebem a impossibilidade de compartilhar a vida em comum. Percebem a  falta de emoção, de desejo, de vontade de permanecer ao lado...
Em outros casos, os envolvidos até percebem que houve uma mudança, os hábitos foram alterados, a emoção acabou, mas a falta de amor por si é tão grande que permanecer ao lado do outro, passa a ser  questão de honra.
A pessoa que se gosta não aceita dar sem receber, quando nos permitimos permanecer em uma relação em que a indiferença se faz presente, onde o silêncio faz morada, onde o cansaço é visível o diagnóstico é certo: Baixa auto-estima.
Quem não se gosta não consegue sair de uma relação que adoeceu. Procura o culpado, assume o papel de vítima, procura de todos os meios não encerrar o assunto e permanece atado às vibrações ruins.
O fim de uma relação sinaliza  fim de um ciclo .Caso queiramos, poderemos  dar início a um novo começo, novo  cíclo, nova tentativa!
Sem acreditar na possibilidade  de reconstruir,  não será possível arriscar, sem tentativa não há realização, sem realização o homem fenece.
Fomos criados para produzir sempre, para gerar boas energias, para vencer a cada luta.
É fundamental para saúde emocional encarar a vida, buscar alternativas, encontrar saída.  
Assim, quando acabar o amor,  cada um  estará pronto para começar a escrever um novo capítulo no livro da vida!


sábado, outubro 02, 2010

Pai e Mãe, Tarefa Dificil !

 Ser pai e mãe é tarefa de difícil realização.  Escolher boas Escolas, favorecer com as facilidades econômicas, facultar o conhecimento cultural não é o suficiente para ver o filho capaz de vencer as suas limitações no campo emocional
Homens vitoriosos sob o aspecto financeiro, reconhecidos ante os títulos que ostentam naufragam nas relações afetivas.
Incapazes de suportar frustrações acusam, culpam, ofendem, mentem e fogem do encontro consigo.
Preparar o filho para a vida requer tempo emocional, coragem para se rever a todo instante, disposição para reconhecer suas próprias limitações.
Não posso imaginar o exercício da maternidade e da paternidade sem conflito intimo, sem medos de errar, sem angustia fruto da percepção de que o filho é um ser, uma individualidade.
As facilidades do mundo moderno, a tecnologia o incentivo à independência são fatores facilitadores e não podemos negar. Porém, como qualquer instrumento, o uso inadequado pode conduzir as relações familiares a total distanciamento de seus membros.
Crianças cressem tendo acesso às máquinas, aos bons colégios, ao lazer ao esporte às atividades que permitirão que sejam bem colocadas no mercado de trabalho e brilhem assim como seus pais, avós etc.
As babás bem selecionadas são verdadeiras mães, acompanham inclusive nas festinhas dos amiguinhos, nas viagens, em todo o dia.
As creches bem estruturadas permitem o acompanhamento do berçário via computador, o colinho da mamãe foi substituído pela atividade que a tecnologia permite o contar histórias o cantar pra ninar foi substituído pelo CD, pela TV, pelo DVD.
Como viver no mundo do agora, sendo pais presentes, comprometidos com o desenvolvimento emocional?
Há de se ter vocação, por certo, para a tarefa de pais educadores, que não queriam ser coleguinhas do filho, que não permitam a inversão dos papeis que percebam que a falta de bens materiais não mata o que faz morrer é a falta de afeto, de presença amorosa que limita alimentando pra vida.
 
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