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quarta-feira, outubro 26, 2011

Alguém que está ninguém...!


Alguém, em especial, ainda menino chegou à adolescência e vestido de adulto permanece até os dias atuais.
Fisicamente é um homem que obedeceu aos padrões estabelecidos pela exigência de mercado  investiu na boa forma, na aparência, no corpo modelado;  não dispensando  a roupa de grife, nem o perfume  marcante.
Ora menino ,ora adolescente,   as  reações  são sempre  próprias à ocasião...Aprendeu a linguagem do adulto, aquela que é falada de acordo com a situação, e  percebeu que pode, sem muito esforço, fingir que é  feliz...
Certa vez, casou-se... separou-se... tentou amar e não conseguiu; trabalhou e aposentou-se...
Sua porção “criança” não lhe permite a abstração e a porção “adolescente”  faculta-lhe   viver a   certeza do poder; de ser o melhor, o maior, o mais inteligente,o mais capaz...
Diz o  que pensa, sem  a menor preocupação com o outro,utilizando o vocabulário de adulto,  esbanja  as frases de impacto.
No grupo é o engraçado, o descolado , o irreverente; gostado por uns, detestado por outros, porém  aceito ante  o que apresenta ter...
Pobre homem menino, que acredita ter controle sobre tudo...,  ter domínio das situações.
Teme a morte, fenômeno inevitável; teme o não ter. Com a conta corrente  abastecida, as aplicações financeiras merecedoras de elogios, segue de coração vazio, embora  fisicamente acompanhado.
Não fala  das  lembranças, não sente saudades, não percebe  o outro. Com mais de meio século de vida, não perde os bons eventos culturais.
Desconhece porém a melhor das obras,  o melhor acontecimento:  Ele próprio! 
Dessa forma,  segue  como  um ninguém, isto é lamentável!

quinta-feira, outubro 13, 2011

Alguém Especial !

 Aprendemos a cuidar das coisas desde muito pequenos. Quando adultos, por cautela, asseguramos  os bens...
O zelar da pessoa, que faz a diferença em nossa vida, não  é ensinado na escola,  nem nos  cursos... Só o tempo..., a falta..., a perda...
Penso que  nem todas as pessoas conseguem identificar, em sua vida, a presença de alguém especial. O egoísmo, responsável pela falta de sensibilidade, bloqueia a percepção.
Se pararmos, neste exato momento, somos capazes de identificar  uma pessoa especial em nossa vida?  Um alguém que se faz presente, mesmo quando fisicamente distante?
Alguém que sabe ser ponte, quando precisamos unir dois ou mais pontos; alguém que  é agasalho, em  nossos dias frios; que é alimento, quando nos mostramos  famintos de  compreensão; que  é porto seguro, quando estamos à deriva...
Talvez , nem tenhamos respostas às perguntas formuladas, porque  o  alguém é tão especial, que nunca  nos permitiu sentirmo-nos  em algumas das situações postas. 
Se fizermos um pouco de esforço, talvez consigamos  identificar “ a pessoa” . Ao identificarmos, pensemos nela com carinho, por certo, perceberemos  o quanto  somos ingratos.
A presença que faz a diferença é delicada, não cobra reconhecimento, não quantifica. Se  faz presente,  mas não dá preço.
Realiza em nossa vida, independente  do vínculo de parentesco ou  conjugal... Faz  a diferença, por ser antes de qualquer atributo, um  ser especial   que  nos escolheu para amar.
Se você tem em sua vida, alguém assim, cuide dele. Procure  retribuir, cerque-o de carinho, de atenção... Reflita nas suas reações, no seu nível de  exigência...  e , sobretudo, não   o  jogue  fora, assim como você , ele  sente...
Lembre-se  que  um dia  ele se despedirá fisicamente de você, é da lei. Faça enquanto  há  tempo!

quarta-feira, outubro 12, 2011

A praga das suposições...


Em decorrência da precipitação que permite que transformemos em verdade mera suposição, muitas amizades ficam pelo caminho...
Classifico como espécies  de praga a destruir a plantação no terreno da amizade: as suposições, as percepções, os fatídicos; eu acho..., eu ouvi..., eu percebi..., eu senti...etc.
Penso em praga no sentido de maldição que ataca  a pessoa, a qual   se permite contaminar. Contaminado, o agente  parte a   transmitir   a todos,  que  com ele  estabeleça  sintonia, a sua maldição.
Por tal razão é que encontramos pessoas tomando partido de situações, prestando solidariedades, engrossando a fileira dos contaminados...
Quando  vivemos em  nosso  núcleo familiar ou em nosso ambiente de trabalho ou  ouvimos  os  relatos, todos parecidos,  constatamos  que o que difere  são  apenas os  personagens.
Em família, é comum que um dos seus membros, em determinado momento, decida que dali por diante desempenhará o papel de vítima. Urdindo uma boa trama dedicar-se- á  a sensibilizar   os eleitos  ao seu redor.
No âmbito do  trabalho, ou em qualquer outro não é diferente. O vitimado age  e se abastece ao   ser consolado e  ao  ouvir por exemplo:  “você tem razão”; “você não merece isso...”; é uma injustiça...”; “coitado de você”etc...
Abastecida, a pessoa prossegue no seu intento criando, ao seu redor, um verdadeiro escudo de  proteção o qual impedirá que a verdade  seja dita, que  a farsa tenha fim.
O vitimado não deseja  esclarecer  ou entender as suas  suposições, as suas percepções ou os  seus entendimentos. Cercados de enfermos, igualmente seguem consolados e protegidos para que não  haja o esclarecimento.
Qualquer um de nós pode, neste exato momento, estar desempenhando este infeliz papel: vitimado ou protetor do vitimado.
O antídoto ideal em nossa vida é a adoção da sinceridade por base de conduta. A pessoa sincera usa de franqueza em suas relações, não aceita dissimulações e tem por meta a lealdade.
Não se trata de forma e sim de conteúdo.
 
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