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segunda-feira, abril 23, 2012

O Meu Amigo e Eu


Demonstração do quanto já evoluímos socialmente é a forma como  nos reportamos ao outro. Ante a facilidade  da linguagem falada e escrita, uma das expressões mais  utilizada é : Meu Amigo ou Minha Amiga!
Basta que a pessoa  seja simpática ou atenda aos nossos desejos, corresponda às nossas expectativas ou  facilite a nossa vida,  para que  seja identificada como  “pessoa legal”. Sendo legal, mais de uma vez, é nossa amiga!
Assim vamos seguindo nesse estágio,colecionando “amigos”.Para com essas pessoas usamos a nossa simpatia, a disponibilidade, o mais largo sorriso...
Enquanto  necessitarmos da presença dela, seja de  que forma for,  e formos correspondidos; ela continuará desfrutando da nossa “consideração”.
Poderá ainda  ser identificada  por : Irmãozinho ou Irmãzinha.  É o diminutivo mais intimista que utilizamos para  mostrar  à pessoa    ela  significa  muito, a ponto de elevá-la como  membro de nossa família.
Se der certo, a pessoa acreditar, estará, dali  por diante,   firmado o contrato   que  encerra essas três únicas cláusulas: PRIMEIRA: O objeto da nossa amizade é a satisfação dos meus interesses; SEGUNDA:  Manteremos contato enquanto permanecer a minha  necessidade; TERCEIRA: O distrato  ocorrerá de minha parte, de forma unilateral, imediata, a partir  do momento que   não mais  for útil  para mim, a sua  “amizade”, independente de notificação.
Em que pese a certeza de que muito  já avançamos,  tomando  por parâmetro o que lemos nos relatos históricos,  precisamos, em caráter de urgência, rever certos conceitos.Estamos atribuindo às pessoas, conceitos  inerentes às coisas.
A utilidade é atributo de  “coisa” que  em certo momento podemos precisar. Quando vemos em alguém  a possibilidade de atendimento às nossas necessidades, imediatas ou não, à satisfação de nosso desejo, estamos impedindo que  a   pessoa, em nossa vida,  seja humana; seja uma  pessoa, com todas a características  que são próprias da natureza humana.
E nós,  de que formas nos vemos? Como Pessoa ou  como coisa.?
Coisa que tem manifestação fisiológica? coisa diferente das fabricadas pelo homem? que encerra  os mesmos atributos daquela: a fruição e  a disposição?
É questão de saber olhar. Olhar com  os olhos da alma que nos remeterá ao sentir...  
Sentir a nós e ao outro,  que  delicado!  Olhando e sentindo, conseguiremos estabelecer uma nova forma de relacionamento, um novo modelo. Meu amigo será todo aquele que  junto  a mim estará  na difícil caminhada da vida  e eu, também, estarei ao seu lado, em suas  horas  difíceis.
Ao compreender o meu amigo é  a mim que estarei compreendendo; ao abraçá-lo é a mim que  estarei abraçando; ao ouvi-lo, estarei me ouvindo; em não julgá-lo, estarei praticando para comigo um ato de generosidade, de afeto,  de perdão .
Quando conseguirmos esse novo olhar, saberemos distinguir nas relações necessárias, do cotidiano, aqueles que podem fazer parte do nosso círculo de amigos.Sem descartá-los, seguirão conosco no nosso coração, em nossa lembrança, em nossa oração...
Os demais, assim como nós, nas vidas das outras pessoas, farão parte dessa enorme família universal: somos filhos do mesmo Pai, conforme nos afirmou Jesus.

quinta-feira, abril 19, 2012

A Intriga





Em  o livro  Vida Feliz, ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco,encontramos em todas as páginas,  sugestões  eficazes à nossa libertação. Libertação da Mente.
Ao ler os textos, cada mensagem, individualmente, encerra um convite específico: “a percepção  do nosso  proceder”. Sempre direcionada ao leitor, apresenta farto material para o exercício diário.
No desejo de compartilhar tão salutar alimento, destaquei, para o dia de hoje,  o que nos fala sobre   o efeito da “INTRIGA” em nossa vida:

“Sorrateiramente, a intriga inicia-se no teu coração, cerrando a porta dos teus sentimentos à serenidade.
Torna-te frio e calculista, impiedoso e armado contra o outro, que talvez não mereça esta reação de tua parte.
O intrigante sempre encontra uma forma de envenenar-te .Conhecendo o teu temperamento, infiltra-se com suavidade e te alcança, alanceando-te com informações infame.
Reage à intriga e educa  o intrigante, a fim de que  ele te deixe em paz e passe a ter  paz, ao mudar de atitude mental e moral.”

Após a leitura, detive-me a refletir  acerca  das “ informações infame” .
Pessoas existem que para ocultar a enorme ferida, que  cultivam na alma,  lançam infâmias, afirmam o   que não sabem e acusam, pelo simples prazer de  macular a honra de outrem.
Fruto da inveja, da real incapacidade de ser feliz,  passam pela vida semeando o dor em seu  próprio caminho.
O intrigante  revela, com o seu ato,   que já vive  em  seu inferno particular. É alma atormentada por dores cultivadas, ante sua própria forma de  lidar com   a vida. Desconhece que pode, por seu  próprio esforço, encontrar a paz.
Considerando que a bela mensagem é destinada a todos  os leitores;  poderemos, a cada leitura,  encontrar excelente subsídio  para   reflexão e assim     seremos felizes.

quinta-feira, abril 12, 2012

O que é o Espiritismo? - Raul Teixeira

quarta-feira, abril 04, 2012

Um simples olhar...

Um simples olhar,  por vezes, encerra tanto carinho, que alimenta quem o recebe.
O olhar sem crítica, sem cobrança, sem julgamento. Olhar com vontade de ver além das aparências.
O olhar  que  abraça sem braços, que fala sem palavras, que nos diz   aquilo  que precisamos ouvir. Esse jeito de olhar é  a expressão da alma que entende de gente:  de gente que sente, de gente comum, de gente que é apenas gente.
Esse tipo de  olhar   não depende da cor  dos olhos e sim da forma de olhar. É o  como se olha que faz a diferença.
Nem todas as pessoas conseguem olhar as outras, percebê-las...
Olhar que fica na lembrança, atravessa o tempo,  rompe barreiras.
Saber olhar  não é para quem quer, e sim para quem sabe. Por não ser  manifestação exterior,  não  depende dos imperativos sociais, nem  das regras de comportamento, nem das  normas e regulamentos.
Depende de maturidade emocional,  de afeto, de ternura...
Considerando a importância do  olhar certo, na  hora certa, podemos verificar em nós,  a qualidade do nosso olhar.
Abençoemos os nossos olhos, exercitando  olhar  além das aparências, além do óbvio, do que está visível,  tangível...

A dificil tarefa...

O sintoma de egoísmo pode ser identificado facilmente pelos os outros. Pela pessoa que experimenta tal manifestação  é quase que impossível.
Consultando o dicionário, encontramos por definição: “é a qualidade  do Egoísta, aquele que   põe seus interesses, acima do interesse alheio”.
Que complexo!!!
Encontramos definições as quais  só nos  é possível compreendê-las, quando experimentamos, em nós,  o resultado.
No caso do egoísmo,sinto dessa forma. Ser apontado de  egoísta, por certo,  soa como uma agressão, uma provocação...  Reunimos todos os argumentos, todas as justificativas e interrogamos  aos mais próximos. Por fim, formamos time e desmentimos a afirmativa.
Seguimos, então, aliviados...
É  lamentável a nossa atitude. Perdemos boas oportunidades de realização ao lado de alguém: ferimos, magoamos, deixamos...
Como qualquer manifestação humana,  o egoísmos é fruto  do estado evolutivo  em que nos  encontramos. A manifestação egoísta é produto, não surge de repente.
Ao  entendermos por defeito, a queremos longe de nós. Se olhássemos como característica de um ser  inacabado, em construção, por certo realizaríamos os ajustes necessários.
Nascemos e crescemos perseguindo a perfeição, idealizando  modelos tão distantes de nossas possibilidades... Por consequência, seguimos  vitimados.
Tomados de autopiedade, supervalorizamos o que é  temporariamente nosso  e  exigimos reconhecimento, apreço e devoção; sobretudo de quem está bem próximo.
Motivados pelo egoísmo, não  percebemos  que cobramos aquilo que  não doamos. Que exigimos atenção, zelo, presença e  somos distantes, ausentes, indiferentes...
O egoísmo  apresenta sintoma  que exige medicação eficaz.
Assim sendo, quando alguém  apontar em nós, alguma manifestação egoísta, observemos o nosso proceder...

domingo, abril 01, 2012

Que Alívio!


 Todos os dias ao acordar, pensava em encontrar na minha agenda tempo, para sentar e postar os textos. Tomada pelas  atividades diversas, percebia, ao anoitecer,  que ainda restavam algumas horas acordada, quando  poderia sentar e cumprir o  que pela manhã havia sido  agendado.
Tomada da certeza de que me faltava, tão somente sentar, por diversas noites acreditei que  realizaria meu intento.
Para minha frustração, horas depois, vencida pelo sono, experimentava  o não cumprimento, porque outros afazeres exigiram ação.
Passei a fazer dessa situação um ponto para minha reflexão. Percebi o quanto  as frases de impacto  permanecem legíveis em nossa mente, como por exemplo: “ querer  é poder!”; “quem quer faz!” etc.
Ora, se eu quero tanto, por qual motivo que não faço? Era a pergunta formulada. Estendi a pergunta para outras tantas situações  e  tenho encontrado alívio para minha ansiedade, porque compreendi que  as frases ditas, registradas em nossa mente, transformadas em vaticínios, podem deixar de existir, como grilhão, ao  ampliarmos  o sentido.
Vivemos em busca da perfeição, idealizando o que ainda não nos é possível e,  em decorrência, não percebemos o que podemos fazer.
Nas diversas relações que estabelecemos, no decorrer da nossa vida, desempenhamos papéis e exigimos do outro  um bom desempenho .
O padrão adotado, por referência, é o da  Perfeição: Os pais têm de ser perfeitos, os filhos exemplares, os amigos disponíveis, os colegas de trabalhos bem humorados, os parentes solidários, os vizinhos ordeiros,o assistido eternamente grato, o empregador compreensivo, o empregado dedicado, o marido, namorado ou amante, há de  deixar sua  própria  vida, para viver integralmente a nossa.
Seguimos dessa forma, atormentados e atormentando, experimentando em nós a culpa  e dos outros, nutrindo mágoas.
Hoje, com alívio, o querer é o nutriente que me  permite o fazer, dentro das  minhas possibilidades.   
 
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