Demonstração do quanto já
evoluímos socialmente é a forma como nos
reportamos ao outro. Ante a facilidade
da linguagem falada e escrita, uma das expressões mais utilizada é : Meu Amigo ou Minha Amiga!
Basta que a pessoa seja simpática ou atenda aos nossos desejos,
corresponda às nossas expectativas ou facilite a nossa vida, para que seja identificada como “pessoa legal”. Sendo legal, mais de uma vez,
é nossa amiga!
Assim vamos seguindo nesse
estágio,colecionando “amigos”.Para com essas pessoas usamos a nossa simpatia, a
disponibilidade, o mais largo sorriso...
Enquanto necessitarmos da presença dela, seja de que forma for, e formos
correspondidos; ela continuará desfrutando da nossa “consideração”.
Poderá ainda ser identificada por : Irmãozinho ou Irmãzinha. É o diminutivo mais intimista que utilizamos
para mostrar à pessoa ela
significa muito, a ponto de elevá-la
como membro de nossa família.
Se der certo, a pessoa
acreditar, estará, dali por diante, firmado o contrato que
encerra essas três únicas cláusulas:
PRIMEIRA: O objeto da nossa amizade é a satisfação dos meus interesses; SEGUNDA: Manteremos contato enquanto permanecer a
minha necessidade; TERCEIRA: O distrato ocorrerá de minha parte, de forma unilateral,
imediata, a partir do momento que não
mais for útil para mim, a sua “amizade”, independente de notificação.
Em que pese a certeza de que
muito já avançamos, tomando
por parâmetro o que lemos nos relatos históricos, precisamos, em caráter de urgência, rever
certos conceitos.Estamos atribuindo às pessoas, conceitos inerentes às coisas.
A utilidade é atributo de “coisa” que em certo momento podemos precisar. Quando vemos
em alguém a possibilidade de atendimento
às nossas necessidades, imediatas ou não, à satisfação de nosso desejo, estamos
impedindo que a pessoa,
em nossa vida, seja humana; seja uma pessoa, com todas a características que são próprias da natureza humana.
E nós, de que formas nos vemos? Como Pessoa ou como coisa.?
Coisa que tem manifestação fisiológica?
coisa diferente das fabricadas pelo homem? que encerra os mesmos atributos daquela: a fruição e a disposição?
É questão de saber olhar. Olhar
com os olhos da alma que nos remeterá ao
sentir...
Sentir a nós e ao outro, que
delicado! Olhando e sentindo,
conseguiremos estabelecer uma nova forma de relacionamento, um novo modelo. Meu
amigo será todo aquele que junto a mim estará
na difícil caminhada da vida e eu,
também, estarei ao seu lado, em suas
horas difíceis.
Ao compreender o meu amigo é a mim que estarei compreendendo; ao abraçá-lo
é a mim que estarei abraçando; ao ouvi-lo,
estarei me ouvindo; em não julgá-lo, estarei praticando para comigo um ato de
generosidade, de afeto, de perdão .
Quando conseguirmos esse novo
olhar, saberemos distinguir nas relações necessárias, do cotidiano, aqueles que
podem fazer parte do nosso círculo de amigos.Sem descartá-los, seguirão conosco
no nosso coração, em nossa lembrança, em nossa oração...
Os demais, assim como nós, nas
vidas das outras pessoas, farão parte dessa enorme família universal: somos
filhos do mesmo Pai, conforme nos afirmou Jesus.
3 comentários:
parabéns, vc está cada vez melhor, bjs..
Que lindo seu cantinho...Um lugar de paz! Amei a mensagem do Divaldo no canto esquerdo, sobre o anjo da guarda. Um Abraço.
Extraordinário, é um conceito bem colocado e bem significativo para avaliação da atualidade.
amigos sempeternos
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